sábado, 18 de julho de 2009

Tecnologia: Nokia 7710 vs Samsung Omnia


Antes de me etiquetar como economista, o MEC me etiquetou como engenheiro eletrônico (embora, felizmente, eu nunca tenha sido etiquetado pelo Corecon nem pelo Crea). Apesar de eu desconfiar que o "engenheiro eletrônico" seja apenas um diploma jogado no armário, sei que o "entusiasta eletrônico" sempre existiu e continua existindo.

E é justamente esse entusiasta que é fascinado pela convergência tecnológica dos celulares. Uma das convicções que tenho é que nada foi tão revolucionário e transformador no século 20 do que as tecnologias de processamento digital e de telecomunicação de dados (leia-se: computadores, comunicação em broadcast, telefones e internet). E se as palavras-chave da tecnologia no século 20 foram processamento e telecomunicações, as do século 21 são convergência e mobilidade. Tecnologia sem fio (leia-se: mobilidade) e tecnologia tudo-em-um (leia-se: convergência) são as novas palavras de ordem. E nada representa melhor essa tendência do que celulares.

Em 2005, eu já buscava um aparelho onde eu pudesse, além de telefonar, tirar fotos e ouvir música, usar planilhas - tanto editadas no próprio celular quanto no computador (com o qual o celular pudesse ser sincronizado). No início de 2006, esbarrei com o Nokia 7710, que era touchscreen (para ser usado preferencialmente com uma canetinha stylus) em tela horizontal e com ícones fixos e não muito grandes. Era bem volumoso mas muito funcional. Além do báscio telefonar/tocar música/fotografar, sincornizava bem com o computador, tinha leitor de PDF e aplicativos editores de texto, planilha e apresentações. Na época do lançamento do iPhone, no último trimestre de 2007, eu já usava o 7710 havia um ano e meio e, pelas reportagens que via sobre o novo brinquedinho da Apple, não conseguia perceber vantagens (para além do design) que justificassem todo o frisson em torno dele. Quando, enfim, deparei-me ao vivo com um iPhone, percebi, aí sim, a vantagem da navegabilidade...

Mesmo assim, não quis aderir ao iPhone. Incomodo-me demais com a incompatibilidade que produtos Apple têm com qualquer coisa que não seja Apple, e não gosto que empresas tentem usar a "escravização" dos clientes como estratégia. Amigos me dizem que a Microsoft faz o mesmo. Não discordo, mas, pelo menos no caso da Microsoft, o sujeito fica atado a algo que todo mundo usa e com que ele vai esbarrar em qualquer esquina (e qualquer banca de camelô).

Minha decisão, então, foi que eu esperaria os concorrentes lançarem "similares do iPhone compatíveis com a Microsoft". E é aí que chegamos ao Samsung Omnia. Fino, com design mais bonito que o do iPhone e a mesma lógica de navegabilidade, roda Windows Mobile e é, de fato, uma opção bem interessante para os non-Apple. De todo modo, como nenhuma tecnologia é perfeita, sinto falta de alguns recursos de que o 7710 dispunha e que o Omnia não traz. Aí vai, então, uma avaliação do Omnia tomando o 7710 como referência...
















Design e navegabilidade. Sem dúvida, o grande trunfo do iPhone e dos seus sucessores (incluindo aí o Omnia)! O Omnia é fino (e com capa fina), prateado/espelhado, com disposição padrão vertical mas com tecnologia piezoelétrica que permite à tela ajustar-se às posições vertical e horizontal (a câmera, por exemplo, funciona na horizontal), tela grande, ícones grandes e deslizantes e touchscreen fotoelétrico (ou seja, que pode ser usado com os dedos ou com caneta stylus, ao contrário do iPhone, que funciona a partir da capacitância da pele humana e, portanto, não pode ser usado com stylus ou com luvas).
As desvantagens ficam por conta da "arquitetura de navegação" (os caminhos até as funções são usualmente tortuosos), do péssimo botãozinho que deveria funcionar como cursor e de duas aparentes consequências da finura do aparelho: um pouco prático botão liga/desliga e a existência de uma única porta (de difícil acesso) para qualquer conexão física (seja carregador de bateria, cabo de sincronização com o computador ou fone de ouvido, por exemplo).

Sistema operacional, aplicativos Office, Internet e e-mail. Goleada do Omnia, que usa o sistema operacional Windows Mobile, em detrimento do desastroso Symbian, que trava o tempo todo e é a plataforma do 7710 e de todos os smartphones Nokia. Quanto a aplicativos Office, ponto para o Omnia, onde se pode trabalhar diretamente em Word, Excel, Powerpoint e Outlook, e não em similares. Logicamente, a tela do computador é bem mais confortável, mas, em caso de necessidade, está tudo lá no Omnia. O quesito Internet/e-mail é covardia... enquanto o Omnia navega com Opera ou Internet Explorer via wi-fi ou 3G, o 7710 ainda não era 3G. Logicamente, qualquer navegação wi-fi ou 3G supera a insuportavelmente lenta e cara GPRS.

Conectividade e sincronização com o computador. Enfim, ponto pra Nokia! O aplicativo Nokia PC Suite permitia ao 7710 (e a qualquer smart da fabricante) comunicar-se com o computador via cabo, infravermelho ou bluetooth. A instalação era fácil e rápida e a conexão era boa, rápida e de fácil uso. Às vezes, era desconfigurada e requeria reinstalação, mas só muito de vez em quando. Além disso, ao final de cada sincronização, podia-se ver um relatório com as informações que tinham sido adicionadas, excluídas, modificadas ou que apresentavam conflito. Isso permitia ao usuário ter certeza de quais informações estavam tanto no computador quanto no celular após a sincronização.
Já o péssimo ActiveSync, da Microsoft, não oferece esse relatório ao final da sincronização e, além disso, só permite conexão bluetooth em versões superiores à 4.5.0, sendo que estas só rodam em Windows Vista. Ou seja, usuários de versões Windows anteriores ao Vista têm que manter-se na "era do cabo". (Obviamente que, no aplicativo da Microsoft, conexão infravermelha fica fora de cogitação).

Funções de telefonia. Outro ponto para o Nokia 7710! Como já comentei, a "arquitetura de navegação" do Omnia é desastrosa. Os caminhos pelos menus são longos e pouco intuitivos até se chegar onde se quer. E um dos casos em que isso se torna mais irritante é ao telefonar para alguém. Encontrar o telefone de alguém na agenda requer muita digitação e muitas telas.
Tudo poderia ser facilmente resolvido com um recurso de chamada por voz. Mas quem disse que o Omnia oferece tal função (que era uma das maravilhas do 7710)?

Fotos, vídeos, músicas, rádio e textos PDF. A câmera de 5Mp do Omnia faz boas fotos e bons vídeos (para as limitações de uma câmera de celular) mas não tem zoom, o que, em se tratando do zoom digital comum em câmeras de celular (dada a pouca funcionalidade de um zoom óptico em aparelhos assim), não sei se é propriamente uma desvantagem. Músicas e vídeos rodam em Windows Media Player e o grande problema aqui é, novamente, a péssima arquitetura de navegação. Haja cliques e telas para se montar uma lista de músicas que se quer ouvir. Rádios FM podem ser ouvidas com o fone de ouvido conectado, funcionando como antena (tal qual no 7710). Por fim, a leitura de PDFs é tão ruim quanto era no 7710. Essa, por sinal, é uma tecnologia que ainda precisa convergir decentemente para os celulares: os e-books. Está aí, talvez, a próxima fronteira.

PS: O GPS e o Google Maps do Omnia eu ainda não usei. Não tenho como avaliar.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Meninos de Kichute

Chora, chorolado!


Escrevo esse post com quase duas semanas de atraso, mas não poderia deixar passar em branco...

A patética atitude do vice-presidente do Internacional - que, às vésperas da final da Copa do Brasil contra o Corinthians, resolveu apresentar à imprensa um DVD com uma coletânea de supostos favorecimentos dos árbitros ao Timão (subtexto: "Árbitros, não temos condições técnicas, táticas, físicas ou emocionais de sairmos do gramado campeões na final. Então, deem-nos uma forcinha, pelo amor de Deus!") - foi retribuída dentro de campo (com o Coringão, que já havia vencido por 2x0 o primeiro jogo, abrindo mais 2x0 logo nos primeiros 30 minutos de jogo) e na arquibancada (com a Fiel dando nova letra à paródia que a torcida chorolada faz da canção dos Mamonas Assassinas - ver vídeo abaixo).


Esportes intensos e sedentários


Achei curioso o resultado da pesquisa abaixo! Eu, que fui mega-sedentário quando criança/adolescente, sempre curti jogar basquete, e nunca tive a menor atração por jogar vôlei.


E viva um amigo meu, que diz que pratica "triatlo indoor": truco , sinuca e pebolim.

QUAIS SÃO OS ESPORTES MAIS SEDENTÁRIOS?

O bilhar é o esporte que gasta menos calorias, de acordo com o livro Fisiologia do Exercício, de William McArdle, mas é impossível definir um ranking oficial. “Existem centenas de variáveis envolvidas. Um mesa-tenista pode gastar mais calorias em uma partida do que um jogador de futebol em um jogo inteiro”, diz o médico Samir Daher, da Confederação Brasileira de Handebol. O ritmo com que o esporte é praticado, a frequência, o biótipo do praticante e o deslocamento exigido pelo jogo são alguns dos fatores que devem ser levados em consideração. Assim, não há uma lista definitiva dos esportes mais e menos sedentários, e sim estimativas. A lista abaixo, por exemplo, estima quanto um indivíduo com 70 quilos gasta de calorias durante uma hora de atividade. Aliás, nem o conceito de esporte é consenso: aqui, consideramos esporte toda atividade física sujeita a regulamentos e que geralmente visa a competição. No futuro, quem sabe até jogar videogame vá ser considerado um esporte. Se isso acontecer, o Nintendo Wii pode entrar para a lista dos sedentários: em uma hora, ele queima 150 calorias, de acordo com um estudo da Universidade John Moores, na Inglaterra. :-’)

MOLEZA F.C.
Os esportes mais sedentários...

BILHAR (176 kcal)
É um esporte que requer mais concentração do que força física. Como há poucos deslocamentos – e, quando existem, são curtos e lentos –, não acelera muito o metabolismo

CANOAGEM por lazer (185 kcal)
Na canoagem amadora, não é preciso lutar contra correntezas fortes – o esportista apenas segue o fluxo da água, sem contrações muito vigorosas para executar o movimento

DANÇA LIVRE (214 kcal)
Por não ser profissional, requer só movimentos suaves, sem grandes deslocamentos ou movimentos complexos. Com isso, acaba gastando menos calorias

VÔLEI (245 kcal)
Apesar de exigir saltos e movimentos intensos, tem deslocamentos extremamente curtos, de 2 a 3 metros, que reduzem o consumo calórico

ARCO-E-FLECHA (273 kcal)
O esporte depende mais da parte psicológica. O esforço físico fica concentrado nos braços, que precisam segurar o arco corretamente e aguentar o tranco da flechada

DUREZA F.C.
... e os que mais fazem suar

BOXE (932 kcal)
O esporte exige que o atleta se desloque bastante e dê vários pulinhos de um lado para outro para desviar do adversário, fora a energia gasta com os golpes

SQUASH (890 kcal)
Bater a bolinha contra a parede parece brincadeira de criança, mas envolve muito deslocamento, velocidade, flexibilidade, força e resistência

JUDÔ (819 kcal)
Assim como as outras artes marciais, é um esporte que exige força, daí sua queima calórica. Sua prática também requer flexibilidade e coordenação motora

NATAÇÃO - CRAWL (655 kcal)
Ao nadar nesse estilo, também conhecido como nado livre, o esforço maior fica por conta das pernas, dos braços e das costas, apesar de o esporte trabalhar o corpo todo

BASQUETE (580 kcal)
A queima de calorias é beneficiada principalmente pelo deslocamento em quadra. Cada atleta percorre, em média, 8 quilômetros durante uma partida