quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Um banho de Fiel


Tarde de Pacaembu, 13 de janeiro de 2010. Primeiro jogo do Timão no badalado ano do 1o centenário. Véspera dos 10 anos do 1o Mundial da FIFA. Jogo festa para ninguém menos que Marcelinho do Corinthians, o MC7, o Senhor Centenário. Uh, Marcelinho! Uh, Marcelinho!
Amistoso contra o Huracán, da Argentina. Assim como em 2009, nossa primeira partida no ano foi uma goleada nossa contra um time argentino, na nossa casa: 3x0 (mais modesto que os 5x0 aplicados sobre o Estudiantes em 2009, mas dando uma palhinha de como o ano será de coração na garganta). Marcelinho não fez gol (quem empurrou pras redes foram Souza e Morais no 1o tempo e Dentinho no 2o), jogou só o 1o tempo e correu só os primeiros 20 minutos (afinal o sol das 15h, que não respeita horário de verão, estava de rachar e o Senhor Centenário já é quase um senhor quarentão). Mas fez festa! Festa na favela! Alegria do povão! Foi pra Fiel, deu volta olímpica e, em frente ao tobogã, falou aos microfones:
Corinthians minha vida, minha história, meu amor! Eu amo vocês! O que eu sou como atleta profissional de futebol devo à instituição Corinthians e a essa nação corintiana aqui! E rumo à Libertadores! Vamos ganhar a Libertadores, porra! Obrigado por me fazerem feliz, por me ensinarem muito, pelo carinho, pelas críticas! Aprendi a ser homem e a ser cidadão e acima de tudo aprendi a ser o verdadeiro corintiano!
Quase 20 mil pessoas. Numa quarta-feira à tarde! Achou estranho? Aqui é Corinthians!

Num jogo amistoso... Quase que só entre elencos reserva... Debaixo de um sol de janeiro... Faltava chover! E quando o Souza abriu o placar, gritaram na arquibancada: "Vai chover!" E choveu! Lá pelos 35min do 2o tempo... depois do golaço do Dentinho que selou os 3x0... uns 5 ou 10 minutos de boa garoa paulistana... Garoa com vento, chuva de lado... E a Fiel cantou mais forte, e pulou mais alto... Porque 100 anos é pouco, pra quem vive ETERNAMENTE dentro dos nossos corações.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Alongamentos pré e pós corridas

http://o2porminuto.uol.com.br/scripts/materia/materia_det.asp?idMateria=3264&idCanal=6

Por Cesar Candido dos Santos

Apesar dos benefícios proporcionados pelo alongamento antes ou após a corrida ter se tornado um assunto polêmico entre os especialistas, a maioria dos corredores não abre mão de “esticar” a musculatura antes de dar suas passadas.

“O alongamento antes da corrida é uma forma de aquecimento. Ajuda a preparar a musculatura para o exercício. Ele deve ser feito com pouca intensidade, sem ir além do limite da flexibilidade, pois se forçar muito o atleta pode provocar uma distensão ou contratura”, diz Ronaldo Martineli, treinador da 5 Ways. “O recomendado é que o atleta faça um trote leve antes de iniciar o alongamento, principalmente nos dias mais frios, para ativar a circulação sanguínea", completa o técnico.

A série de alongamentos após os treinos também deve ser realizada com moderação, como explica Martineli. “O alongamento depois da corrida ajuda no relaxamento muscular e evita o desconforto. Em treinos com intensidade alta ou longas distâncias, a musculatura fica estressada. Se forçar demais, pode lesionar”, alerta o treinador, que orienta que exercícios para aumentar a flexibilidade sejam realizados em dias alternados aos treinos de corrida ou em outros períodos, com pelo menos seis horas de intervalo.

Confira abaixo dois vídeos com séries de exercícios de alongamentos para serem executados antes e depois da corrida.


Dicas para malhação

http://estilo.uol.com.br/ultnot/2009/09/09/ult3617u7495.jhtm

12 estratégias para potencializar a musculação

por Shâmia Salem (UOL)

Quanto mais massa muscular uma pessoa tem, mais calorias ela queima por dia, mais precisamente 120 a cada 1,4 quilo de músculo. E não precisa se esfalfar na ginástica: dados do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos mostram que basta puxar ferro pelo menos duas vezes por semana para evitar o acúmulo de gordura na região abdominal, o tipo responsável pela barriga de chope, além de hipertensão, diabetes e doenças cardíacas. "A musculatura forte também protege as articulações, o que diminui as dores e os riscos de lombalgia, artrose e atrite", completa a fisiologista do exercício Claudia Zamberlan, da Body Check Avaliação Física, Nutrição e Médica, em São Paulo

Outra boa notícia é que os resultados dos exercícios resistidos aparecem rápido: em menos de quatro meses há um aumento de até 10% da massa muscular e da força. Mas dá para agilizar ainda mais esse resultado ao colocar em prática as dicas abaixo - só não esqueça de pedalar, caminhar ou correr por cinco minutos depois da musculação para eliminar o ácido lático, que causa dor durante ou logo após a atividade física.

1. Se a intenção é ficar musculoso, faça os movimentos em velocidade moderada para lenta e dê pausas de dois minutos entre uma série e outra. "Nesse período o músculo se recupera do esforço e o praticante consegue realizar a próxima série com a mesma qualidade da primeira", fala a fisiologista do exercício Claudia Zamberlan.

2. Já se o objetivo é tonificar sem ficar 'grande', o truque é usar pouca carga, fazer os movimentos em velocidade moderada para rápida e um intervalo entre as séries de cerca de 1 minuto. E mantenha o músculo trabalho contraído durante todo o tempo.

3. Para emagrecer, use um pouco mais de carga do que o habitual e descanse no máximo 30 segundos entre as séries.

4. Deixe a parte aeróbica para depois da musculação. "Se fizer antes, como normalmente acontece nas academias, vai achar o treino pesado e o cansaço vai bater mais rápido do que de costume", avisa o personal trainer Eduardo Gurgel, do Rio de Janeiro.

5. O treino estacionou? Experimente mudar a planilha. "Quanto mais variar os exercícios, mais estímulo vai dar às fibras musculares", garante Eduardo Gurgel.

6. Para um abdômen tanquinho, só abdominal não resolve. É essencial também queimar os excessos para que a musculatura trabalhada apareça sob a pele. "Para isso, é preciso fazer atividade aeróbica de baixa a média intensidade, ou seja, de 55% a 70% da frequência cardíaca máxima", avisa o personal trainer Christian Monteiro, do Rio de Janeiro. Para descobrir o número, a pessoa deve subtrair sua idade de 220 e, do total, verificar quanto é 55% e, depois, 70%. O resultado é o número médio de vezes que o coração deve bater a cada minuto de corrida, caminhada ou pedalada, por exemplo.

7. A forma de se certificar que o exercício está mesmo trabalhando a área desejada é perceber se a musculatura da região está cansada logo depois da série.

8. Nada é tão eficaz para malhar as coxas e os glúteos como o agachamento e os exercícios com caneleiras. "Como eles são mais puxados, faça-os logo no início do treino, quando o corpo ainda está descansado", recomenda Christian Monteiro.

9. Dificultar a execução do movimento é uma forma de potencializar a ginástica. Para isso, invista em barras, caneleiras e halteres, que exigem mais concentração e força para manter a postura correta e levantar a carga. A regra só não vale para os iniciantes, que, por uma questão de segurança, devem se limitar aos equipamentos até adquirirem consciência corporal.

10. Outra dica para quem está começando é fazer de duas a três séries de 15 a 20 repetições com menos carga para não se machucar nem ter que ficar de molho.

11. Sentir-se capaz de fazer duas ou mais repetições ao fim de cada série é sinal de que está mais do que na hora de aumentar a carga.

12. Jamais trave a respiração durante o movimento para não aumentar a pressão arterial. Para ficar mais confortável e até ter a sensação de que o peso ficou mais leve, expire pela boca quando levantar ou empurrar o peso e inspire pelo nariz ao voltar à posição inicial.


sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Começou o Centenário - Ato I - Cena 1




















(Texto da Folha de S. Paulo - Paulo Galdieri/Ricardo Viel)

O Corinthians fez do clássico com o Santos o prato principal da celebração de seu 99º aniversário. E o desfecho da noite festiva no Pacaembu não poderia ser mais à moda corintiana do que foi: sofrida, com gol aos 44min do segundo tempo.
Chicão, o capitão, foi quem personificou o enredo do jogo. Foi dele, contra, o gol que abriu o placar, apesar de o juiz dar o crédito a um santista. Foi dele, de cabeça, o gol que decretou o 2 a 1 que ainda deixa o time com esperanças de entrar mais diretamente na luta pelo título.
Agora, com 36 pontos, a equipe do Parque São Jorge subiu para a quinta colocação, com um ponto a menos que o São Paulo, o quarto colocado.
Ao Santos coube o gosto amargo de ter ficado só perto de estragar a festa de seu maior rival. Perdeu ainda a chance de ultrapassá-lo na tabela. O time da Baixada fica com 32 pontos.
A comemoração com a torcida pelo 99º aniversário de fundação do Corinthians foi toda planejada para o clássico.
Um minidirigível controlado remotamente passeava por sobre o estádio do Pacaembu com a frase "Noventa e 9 anos, o centenário já começou".
Um vídeo com momentos marcantes na história corintiana foi exibido no telão.
Muitos dos lances eram justamente em partidas contra o rival da noite, como a semifinal do Paulista de 2001 (gol de Ricardinho no último minuto, que eliminou o Santos), o 7 a 1 em 2005 e a primeira partida da final do Estadual deste ano, com dois gols de Ronaldo na Vila Belmiro, na vitória por 3 a 1.
As torcidas organizadas também homenagearam o clube, com bandeiras e fogos de artifício que formavam o 99.
Com o bola rolando, porém, o clima não foi tão ameno assim. O primeiro tempo foi quase que todo dominado pelos corintianos, mas o 0 a 0 persistiu. Souza, que voltou a ser titular do ataque do Corinthians, foi considerado pela torcida como o grande responsável por isso. O centroavante teve pelo menos duas chances claras para marcar, mas as desperdiçou.
Na segunda etapa, o Santos começou com um posicionamento mais adiantado, com jogadas pelos lados do campo, paradas por faltas dos corintianos. E dessa forma, aos 6min, o Santos abriu o placar. George Lucas cruzou, Eli Sabiá desviou, e Chicão, na tentativa de evitar que a bola entrasse, a empurrou para o gol -a arbitragem deu gol de Fabão.
A torcida foi da homenagem à impaciência com os erros do time e com qualquer decisão do árbitro. O técnico Mano Menezes fez o mesmo, a ponto de ser expulso por reclamação.
O alívio para os corintianos e o começo da dor de cabeça dos santistas veio aos 35min, com gol de Bill, o primeiro do atacante pelo Corinthians.
E o resultado que remediava se tornou novamente um motivo para celebração. Foi complementado aos 44min, quando Chicão completou jogada ensaiada em cobrança de falta. Lance que fez a torcida entoar "Parabéns a você". Afinal, o presente acabara de ser dado.


Frase do Elias:

"Nós criamos chances e merecemos, mas foi uma vitória do jeito que a torcida gosta, e que a gente detesta"

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Palavras não bastam...








Palavras não bastam. Mas vou usar as do Juca Kfouri:

O Corinthians acaba de entrar em seu centésimo ano de vida.
Vida de glórias e de dores.
Um centenário que deve ser comemorado pelo significado do fenômeno do corinthianismo.
Fenômeno que fez do Corinthians o clube mais popular do Estado mais populoso e economicamente mais importante do Brasil.
Nenhum outro clube brasileiro tem, em seu Estado, tantos torcedores como tem o Corinthians em São Paulo, que deveria se chamar Corinthians.
E por que, se o Corinthians não é nem mais campeão que seus rivais e nem estádio tem?
Porque certas coisas são inexplicáveis e para o corinthiano ser ou não campeão é mero detalhe.
Razão pela qual o centenário corinthiano deve ser comemorado por si mesmo.
Se junto vierem novas conquistas, muito bem, nada contra.
Mas a maior conquista é estar vivo, há 99 anos, no coração do povo corinthiano.
Com a certeza da eternidade.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Felizes pais paulistas


Estou escrevendo para parabenizar os bons pais em todo o mundo, mas também para tratar de uma notícia que, às vésperas do dia dedicado a eles, é um ótimo presente aos que vivem no Estado de São Paulo: seus filhos viverão em um mundo melhor! (ou pelo menos em um SP melhor).













A partir de 7 de agosto de 2009, entra em vigor lei estadual que proibe poluir alguns ambientes públicos com fumaça de cigarro, colocando o Estado em linha com outras sociedades ao redor do mundo que praticam o zelo pela vida e saúde de quem quer viver e estar bem. Naturalmente, desocupados de cafeteria ficarão blablablando se a lei é totalitária ou se fere a própria ordem jurídica. Mas o que importa é que, enquanto isso, seus filhos irão às baladas respirar um ar melhor e beijar pares menos fétidos. E crescerão mais saudáveis e sociáveis. E poderemos celebrar mais uma contribuição pacífica à evolução da espécie.

domingo, 2 de agosto de 2009

Rejuvenescimento de marca


Uma famosa cafeteria da Av Paulista resolveu mudar seu nome e logotipo. É o que no marketing se chama rejuvenescimento de marca:




Deu no New York Times... (1)

http://viagem.uol.com.br/ultnot/2009/07/31/ult4466u649.jhtm

Mergulhe nas loucas noites de São Paulo
SETH KUGEL
New York Times Syndicate

As áreas de vida noturna padrão na zona sudoeste de São Paulo - o Itaim Bibi, para o público endinheirado, e a Vila Madalena, onde um público (ligeiramente) mais boêmio lota os bares com mesas ao ar livre - ainda mantêm sua força. Mas um renascimento está em andamento mais próximo do centro da cidade, mais especificamente no lado "ruim" da Avenida Paulista, a importante artéria que separa o centro dos bairros de classe mais alta da zona sudoeste da cidade.

Isto é especialmente verdadeiro ao longo da Rua Augusta e das duas vias paralelas que a flanqueiam, a Rua Bela Cintra e a Rua Frei Caneca - uma área cada vez mais tratada como Baixo Augusta. Até grande parte desta década, ali era uma região de luz vermelha, cheia de prostitutas de rua e clubes de sexo. Mas nos últimos anos, ela também se tornou uma região de clubes gays, uma região de lounges, de pontos de encontro de adolescentes, até mesmo uma região de velhinhas levando seus cachorros para passear. É um local bastante interessante no qual passar um começo de noite: um manicômio onde vale tudo.

Há lugares elegantes como o Mestiço (Rua Fernando de Albuquerque, 277; 11-3256-3165;
http://www.mestico.com.br/), um restaurante tailandês com combinação colorida de pratos do Brasil e da Índia. Ou experimente o Exquisito (Rua Bela Cintra, 532; 11-3151-4530; http://www.exquisito.com.br/), um dos poucos lugares na cidade que servem o que os americanos chamam de cozinha pan-latina.

Do outro lado da rua fica o Geni (Rua Bela Cintra, 539; 11-3129-9952;
http://www.geniclub.com.br/), um clube com vários andares em um velho casarão que já abrigou de tudo, de clínica de saúde a bordel (ou pelo menos é o que dizem os garçons; é no mínimo um bom marketing), e agora conta com pista de dança e minilounges temáticos.

Mas dois clubes gays - ou mais precisamente clubes GLS (a sigla brasileira para gays, lésbicas e simpatizantes) - estão no coração da vida noturna local. Um é o Vegas (Rua Augusta, 765; 11-3231-3705;
http://www.vegasclub.com.br/), uma discoteca com uma festa after-hours que prossegue até depois do amanhecer. Fecundo Guerra, o proprietário, abriu dois novos bares em março: o Volt (Rua Haddock Lobo, 40; 11-2936-4041; http://www.barvolt.com.br/), com letreiro de néon remetendo aos velhos tempos ruins da Augusta, e o Z Carniceria (Rua Augusta, 934; 55-11-2936-0934; http://www.zcarniceria.com.br/), situado em um antigo açougue/matadouro com ganchos de carne e arte com tema de carne, mas oferecendo muitas opções vegetarianas no cardápio.

Outro clube GLS é o A Loca (Rua Frei Caneca, 916; 11-3159-8889;
http://www.aloca.com.br/), uma boate labiríntica, semelhante a uma caverna, com pista agitada, dominada por homens. Se "homens" ou "dança" não é o seu lance, há muitos outros espaços disponíveis. Ela é tamanha referência que o bar sem letreiro descendo a quadra simplesmente se chama bar da Loca - ninguém parece saber seu verdadeiro nome.

Também há um quê de Nova York no ar, com uma muito rara (no Brasil) pizarria por fatia, parte de uma pequena rede chamada O Pedaço de Pizza (Rua Augusta, 1463; 11-3285-2117;
http://www.opedacodepizza.com.br/), e o Astronete (Rua Matias Aires, 183-B; 11-3151-4568; http://www.astronete.com.br/), um bar que parece saído de Williamsburg e dirigido por um casal brasileiro que já morou no Brooklyn. Um novo lounge, o Sonique (Rua Bela Cintra, 461; 11-2628-8707; http://www.soniquebar.com.br/), parece um ponto descolado saído diretamente do distrito de processamento de carne de Manhattan - até você perceber as diferenças sutis (a paixão por suco de fruta nas margaritas) e as óbvias (o casal de lésbicas se beijando ao lado do casal de gays, que se beijavam ao lado do casal hétero).

Mas o que você mais encontrará, especialmente nas noites de fim de semana, é confusão. Da boa, do tipo de São Paulo.

Tradução: George El Khouri Andolfato

Mens sana in corpore sano


Frase do Cielo sobre o estado do corpo e da mente durante uma prova: "Você chega a um ponto em que não sente mais nada. É só a sua mente e o controle dela".
Lembrou-me uma frase que ouvi da atriz e preparadora de atores Cristiane Lopes (e que ela declarou não ser de autoria dela mas também não lembrou o autor): "Um corpo debilitado controla. Um corpo forte é controlado". Acho muito bacana como a frase parece paradoxal mas é completamente verdadeira.

sábado, 1 de agosto de 2009

Entrevistas que gostaríamos de ver...














Primeira entrevista coletiva do nadador César Cielo no Brasil, após retornar do Mundial de Esportes Aquáticos em Roma:

JORNALISTAS: Cielo, por que você se recusou a ir a Brasília encontrar o Presidente Lula após as conquistas no Mundial (medalhas de ouro nos 50m e nos 100m nado livre, além de recorde mundial nesta última)?
NADADOR: Porque aprendi com o Presidente Lula que é preciso respeitar a biografia de cada pessoa. No Brasil, existem muitas dezenas de milhões de pessoas cuja biografia se pauta em trabalho árduo, perseverante e honesto, mas sem a devida contrapartida do incentivo adequado, seja na forma de infraestrutura para trabalhar, seja na forma de remuneração ou condição de vida digna. Por outro lado, existem milhares de pilantras que se aboletam em estruturas de poder e assumem como único valor profissional para suas vidas não trabalhar e serem sustentados pela população obrigada a pagar impostos – na marioria das vezes enriquecendo inclusive. A minha biografia enquadra-se no primeiro grupo. A do Presidente Lula e da corja cujas biografias ele defende, numa tentativa de legitimação da pilantragem e da vagabundagem sustentada, enquadram-se no segundo. Quero respeitar a minha biografia e não me misturar com essa escória.

JORNALISTAS: Você acredita que a natação e o esporte brasileiro vão crescer muito após suas vitórias?
NADADOR: Não vão crescer nada. Eu sou um caso isolado, de um brasileiro que, de tão obcecado por um ideal, foi buscar preparação em um lugar adequado (fora do Brasil, obviamente). O que conquistei foi mérito meu, não do Brasil. O Brasil não prepara suas crianças e jovens para grandes avanços ou grandes conquistas. Não as ensina a ler, nem a fazer contas, nem a pensar, nem a exercitar, conhecer e desafiar o corpo através de esportes. Apenas as doutrina a acreditar que a obrigação que elas terão em votar quando chegarem à idade será o seu “exercício de poder”. Fazem-nas acreditar na baboseira de que “o voto é a arma do povo”. E como as crianças não estão acostumadas a pensar e, portanto, não compreendem as estruturas de poder e de sua perpetuação, caem nesse conto do vigário. Esporte começa nas escolas. E não temos escolas. Somos um país de analfabetos.

JORNALISTAS: E seus planos para o futuro?
NADADOR: Continuar treinando em Auburn, que é uma cidade caipira no meio do nada, mas que oferece aos seus habitantes uma bela universidade e uma infraestrutura para se estudar e para se praticar esportes como não se vê no Brasil. Quero nadar os 50m abaixo dos 21s. Na água, o Cielo é o limite!

DISCLAIMER: ESSA ENTREVISTA, INFELIZMENTE, É FICTÍCIA. AS FALAS, EMBORA CONDIZENTES COM A REALIDADE, SÃO CRIAÇÕES DO AUTOR DESSE BLOG. NÃO SÃO FALAS REAIS DOS PERSONAGENS SUGERIDOS.