sábado, 1 de agosto de 2009

Entrevistas que gostaríamos de ver...














Primeira entrevista coletiva do nadador César Cielo no Brasil, após retornar do Mundial de Esportes Aquáticos em Roma:

JORNALISTAS: Cielo, por que você se recusou a ir a Brasília encontrar o Presidente Lula após as conquistas no Mundial (medalhas de ouro nos 50m e nos 100m nado livre, além de recorde mundial nesta última)?
NADADOR: Porque aprendi com o Presidente Lula que é preciso respeitar a biografia de cada pessoa. No Brasil, existem muitas dezenas de milhões de pessoas cuja biografia se pauta em trabalho árduo, perseverante e honesto, mas sem a devida contrapartida do incentivo adequado, seja na forma de infraestrutura para trabalhar, seja na forma de remuneração ou condição de vida digna. Por outro lado, existem milhares de pilantras que se aboletam em estruturas de poder e assumem como único valor profissional para suas vidas não trabalhar e serem sustentados pela população obrigada a pagar impostos – na marioria das vezes enriquecendo inclusive. A minha biografia enquadra-se no primeiro grupo. A do Presidente Lula e da corja cujas biografias ele defende, numa tentativa de legitimação da pilantragem e da vagabundagem sustentada, enquadram-se no segundo. Quero respeitar a minha biografia e não me misturar com essa escória.

JORNALISTAS: Você acredita que a natação e o esporte brasileiro vão crescer muito após suas vitórias?
NADADOR: Não vão crescer nada. Eu sou um caso isolado, de um brasileiro que, de tão obcecado por um ideal, foi buscar preparação em um lugar adequado (fora do Brasil, obviamente). O que conquistei foi mérito meu, não do Brasil. O Brasil não prepara suas crianças e jovens para grandes avanços ou grandes conquistas. Não as ensina a ler, nem a fazer contas, nem a pensar, nem a exercitar, conhecer e desafiar o corpo através de esportes. Apenas as doutrina a acreditar que a obrigação que elas terão em votar quando chegarem à idade será o seu “exercício de poder”. Fazem-nas acreditar na baboseira de que “o voto é a arma do povo”. E como as crianças não estão acostumadas a pensar e, portanto, não compreendem as estruturas de poder e de sua perpetuação, caem nesse conto do vigário. Esporte começa nas escolas. E não temos escolas. Somos um país de analfabetos.

JORNALISTAS: E seus planos para o futuro?
NADADOR: Continuar treinando em Auburn, que é uma cidade caipira no meio do nada, mas que oferece aos seus habitantes uma bela universidade e uma infraestrutura para se estudar e para se praticar esportes como não se vê no Brasil. Quero nadar os 50m abaixo dos 21s. Na água, o Cielo é o limite!

DISCLAIMER: ESSA ENTREVISTA, INFELIZMENTE, É FICTÍCIA. AS FALAS, EMBORA CONDIZENTES COM A REALIDADE, SÃO CRIAÇÕES DO AUTOR DESSE BLOG. NÃO SÃO FALAS REAIS DOS PERSONAGENS SUGERIDOS.

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