terça-feira, 6 de janeiro de 2009

COEXIST: arte contra a barbárie


Enquanto alguns milhões de seres humanos esforçam-se em conduzir suas vidas e as das demais pessoas ao século 22 - pensando e desenvolvendo tecnologia, ferramentas, métodos e ideias que gerem maior bem-estar a si próprio e às pessoas -, outros milhões de imbecis (pra mim, tão-simplesmente pessoas com forte deficiência educativa-cultural) abraçam-se ao século 12, querendo que a humanidade viva em meio a selvageria e miséria. Estou sim me referindo a árabes e israelenses que se lançam a um conflito de débeis-mentais (que vitimam inclusive crianças que ainda não tiveram tempo de escolher se também querem ser débeis-mentais ou não). Mas estou também me referindo a todos que apregoam o atraso, o retrocesso, a vida voltada para as cavernas e o troglodismo. Refiro-me às intolerâncias e aos que se opõem ou atrapalham o progresso da ciência e da arte.

Por sinal, num Ocidente em que o padrão cultural é terceirizar deus, buscá-lo como um ente externo, uma solução exterior para problemas encarados como extrínsecos (enquanto orientais, sejam eles budistas, hinduístas, taoístas ou confucionistas, o buscam em si próprios para problemas que são de si próprios), foi justamente a lastimável intolerância religiosa brotada dessa cultura a fonte de inspiração de uma das mais criativas e impactantes obras de arte pop dos tempos recentes: a bandeira do COEXIST. Feita originalmente com os signos das três grandes religiões ocidentais (a lua nova do islã, a estrela-de-davi do judaísmo e a cruz do cristianismo), ela inspirou outras variações bem interessantes, incorporando signos como do yoga ("união"), yin-yian, ciência, peace-and-love, e até uma versão mais alegre, colorida e carnavalesca. Algo que lembra o Brasil, que, nesse quesito, é um caso raro de bom exemplo ao mundo. Uma alegoria de como o sincretismo, a boa convivência, a tolerância com a diferença (que nada tem a ver com a tolerância à falta de ética), enfim, a coexistência pode ser um caminho interessante à alegria.





















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