Era 20 de janeiro de 1995, o dia mais transformador da minha vida (até ali, pelo menos). Era então um filho único, com 16 anos de idade, crescido em meio a uma cultura provinciana. E estava sozinho embarcando em um avião rumo a uma cidade desconhecida, sobre a qual o pocuo que sabia era ser ela uma megalópole fomentadora de sonhos e devoradora de almas. Rumava para Sampa City, a estudos - na verdade, voava pra lá para, na manhã seguinte, seguir para São José dos Campos, 90km para o interior do Estado.
Um primo médico e sua noiva, recém-graduados, viviam lá fazia 1 ano, na árdua vida de residentes. Ficaram de me buscar no aeroporto e me dar abrigo na primeira noite. E assim fizeram...
Enquanto me conduzia do aeroporto de Guarulhos até o pequeno apartamento em Moema, pela Avenida 23 de Maio, meu primo perguntou:
- Então? Qual a primeira impressão?
- Parece um fliperama!
Ele riu e completou:
- É! E tu estás dentro do fliperama!


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