E a bebida virou também música, em versos belíssimos de Caetano Veloso para homenagear a cidade a partir de uma história igualmente bela. Não sei se eram os idos dos anos 60 ou 70, mas era, segundo consta, a primeira vez que Caetano se apresentava na cidade. Durante o espetáculo, um menino conseguiu sutilmente subir ao palco e entregar uma pequena rosa ao poeta. E a cena o fez perguntar-se (e perguntar-nos): "Existirmos... a que será que se destina?"
Existirmos: a que será que se destina?
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina
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